O DRAGÃO LUSITANO
A lenda de S. Jorge foi trazida pelos cruzados que vieram ajudar D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa, e esta tradição é mantida em Monção, no dia do Corpo de Deus.
O boneco do dragão lusitano, chamado "A Coca", configura-se num monstro marinho coberto de escamas reluzentes, com a cabeçorra móvel e largas queixadas que também se abrem. No bojo, dois homens comandam os movimentos da cabeça e ajudam a deslizar a Coca sobre os rodízios das patas, enquanto outros dois a empurram.
O Auto Medieval tem lugar no terreiro do Campo do Trigo e o heróico cavaleiro, que traja um manto vermelho e segura um escudo com as cinco quinas, tenta arrancar com a lança os brincos da cabeça deste dragão fêmea, ou atingi-la na garganta. Terminado o combate a Coca é acompanhada em cortejo até às instalações do Caminho de Ferro, onde o vencedor lhe oferece o elmo e a deixa em paz.
O Dragão também encontrou acolhimento na Heráldica portuguesa. O brasão da Casa de Bragança está ladeado por dois dragões verdes, alados e com um par de patas, mostrando a língua vermelha, que termina em arpão tal como a cauda enrolada.
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O brasão com escudo vermelho da cidade de Coimbra apresenta "uma taça de ouro ladeada por dragão alado e leão batalhantes ...", e a Vila de Casal de Cambra, no Concelho de Sintra, tem no seu brasão "de escudo verde, um dragão quadrúpede de ouro, passante sobre aqueduto com cinco arcos".
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