UM  ANIMAL  CULTURAL

 

A Wikipédia (2014) informa: "O dragão é uma criatura presente na mitologia dos mais diversos povos e civilizações, representado como animal de grandes dimesões, muitas vezes com asas e poderes mágicos".
 

     

Filme realizado por Rob Cohen em 1996, com cenários reais e os atores Dennuis Quaid Dina Meyer. "Drago" é uma poersonagem inteiramente computadorizada, em 3 D, que fala com a voz de Sean Connery. 
 

No entanto, foi o "Diccionário dos Caracteres" de Xu Shen (Dinastia Han Oriental, anos 24 a 200) que incluiu esta primeira definição: " O dragão é o rei dos animais escamosos. Pode tornar-se preto ou branco, comprido ou curto. Sobe aos céus no equinócio da Primavera e mergulha nas profundezas no equinócio do Outono."

  
         
 

Capa do livro DRAGONOLOGIA , de Ernest Drake, editado por Livros Horizonte em 2008. Trata-de dum "fac simile" do original, com tradução do inglês, que foi encontrado numa livraria de Londres, e que será um dos 100 exemplares impressos em 1896.  

 

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                        AINDA O ENCONTRAMOS ...

     Aqueles que não aprenderam a conhecer o dragão,

     podem encontrá-lo ... mas não o reconhecem !

 

Está no "Tube" (Metropolitano) de Londres - saída oeste da Estação VIctoria

               

       

        e também num "Espelho de Água" dos Jardins de Versailles. 

 

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O primitivo dragão medieval era quadrúpede e verde, a mística cor das fadas e dos duendes, e também do deus Osiris, que julgava os mortos e lhes dava uma nova vida, na iconografia egípcia.
 

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Quando ganhou as asas de morcego que a superstição medieval acrescentou, mudou para as cores castanha ou negra da terra, ou mesmo para a cor vermelha que figura na bandeira do País de Gales, remontando aos tempos dos ancestrais Tudor.

 

 

A figura inicial do mitológico dragão foi inspirada na da serpente, mantendo esta configuração nas primeiras representações inspiradas na tradição indiana e budista. Evoluiu com a inspiração artística do Oriente que lhe deu duas (ou quatro) patas de tigre, além de outras partes do corpo de vários animais completando o número ideal de nove: cabeça de camelo, cornos de veado, orelhas de boi, olhos de lebre, barriga de sapo, escamas de carpa e garras de falcão.
 

 
O mito medieval mais divulgado foi o de S. Jorge, adoptado pela Cavalaria como símbolo dos obstáculos a vencer, criando a hostilidade entre o Homem e o Dragão. Porém, contradizendo este simbolismo, existe na Igreja de S. João Baptista, em Tomar, um tríptico de autor flamengo do séc. XVI, em uma das portadas mostra S. João Evangelista segurando o cálice com um pequeno dragão alado saindo dele.
 

       

Também na actual cinematografia encontramos o dragão medieval.  Em 2004, o filme "Em Busca do Dragão" foi realizado na Rússia por Tom Reeve, autor da história que remonta aos tempos das Cruzadas, decorrendo a acção num Reino do Norte, com o cavaleiro George procurando a bela princesa Luna.
 

      

 

 

 

 

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Na iconografia suméria, a deusa Tiamat - da escuridão e dos oceanos, era mãe de todos os deuses e foi vencida com uma lança por Marduk, deus da Justiça e da Paz.
 
   
 
    
 

Quetzalcoalt, a serpente emplumada e deusa da criação para os astecas, encontra-se representada com a viuva do rei Jaguar neste relevo em Yaschilan, no México. 

    

 Segundo um texto hebreu, o dragão simbolizava o poder supremo entre os celtas, e as palavras "Tan" ou no plural "Tanin" do Velho Testamento designavam seres reais e ferozes do deserto ou monstros marinhos, antepassados dos dinossauros que foram criados no 5º Dia, e são traduzidas por "dragão", também designado "Leviatan", o monstro do caos na literatura fenícia.

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O dragão da Mesopotâmia, descrito na obra épica "Enuma Elish" que foi escrita cerca do ano 2000 a.C., mostrava-se no corpo de um cavalo revestido de escamas excepto nas quatro patas, tinha um pescoço maior e dois chifres verticais, mantendo a cauda erecta.
 
 
   
 
 
   Na cidade da Babilónia, as torres da grande Porta de Ishtar, a deusa da Fertilidade, foram revestidas de tijolos vidrados que representavam em relevo o touro do deus Adad e um dragão - "Sirrusch". 
 
        
 
 
 
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       O   DRAGÃO   LUSITANO

        A lenda de S. Jorge foi trazida pelos cruzados que vieram ajudar D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa, e esta tradição é mantida em Monção, no dia do Corpo de Deus.

       O boneco do dragão lusitano, chamado "A Coca", configura-se num monstro marinho coberto de escamas reluzentes, com a cabeçorra móvel e largas queixadas que também se abrem. No bojo, dois homens comandam os movimentos da cabeça e ajudam a deslizar a Coca sobre os rodízios das patas, enquanto outros dois a empurram.

      
 
 

         O Auto Medieval tem lugar no terreiro do Campo do Trigo e o heróico cavaleiro, que traja um manto vermelho e segura um escudo com as cinco quinas, tenta arrancar com a lança os brincos da cabeça deste dragão fêmea, ou atingi-la na garganta. Terminado o combate a Coca é acompanhada em cortejo até às instalações do Caminho de Ferro, onde o vencedor lhe oferece o elmo e a deixa em paz.

 
     
 
 
 
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            O Dragão também encontrou acolhimento na Heráldica portuguesa. O brasão da Casa de Bragança está ladeado por dois dragões verdes, alados e com um par de patas, mostrando a língua vermelha, que termina em arpão tal como a cauda enrolada. 

    

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       O brasão com escudo vermelho da cidade de Coimbra apresenta "uma taça de ouro ladeada por dragão alado e leão batalhantes ...", e a Vila de Casal de Cambra, no Concelho de Sintra, tem no seu brasão "de escudo verde, um dragão quadrúpede de ouro, passante sobre aqueduto com cinco arcos". 

           
 
 
          
 
 
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      No Algarve, o brasão da vila de Algoz mostra "num escudo azul uma laranjeira frutada de vermelho, enroscada por dragão alado de prata" e a Vila do Bispo tem por brasão "um escudo amarelo com dragão verde segurando nas garras a Cruz de Cristo, dos Descobrimentos".
 
   
 
 
 
NOTA : Veja também o artigo "Brasão de Camões".   

 

Sobre o Autor

me

Sou um Beirão, nascido em Trancoso, na rua que tem o nome do poeta Bandarra, e resido no barlavento algarvio depois duma carreira pública de magistrado, dirigente e jurista.

 

 

 

 

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